Em Belo
Horizonte, Bolsonaro diz que Minas vai ter saída para o mar.
Deputado desembarcou em Confins recebido por simpatizantes .
Publicado
em 14/09/2017 às 12h53
Atualizado
em 14/09/2017 às 17h09
Pré-candidato
à presidência da República em 2018, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ)
segue viajando pelo Brasil para divulgar suas ideias e seu plano de governo. Em
Belo Horizonte, onde desembarcou na manhã desta quinta-feira (14), no entanto,
Bolsonaro fez uma promessa um tanto quanto curiosa: abrir um caminho para
que Minas tenha mar.
"Vamos explorar nossas riquezas, quem sabe até
abrindo uma saída pro mar para Minas Gerais. Nós vamos satisfazer o desejo do
mar de ganhar Minas, podem ter certeza disso", discursou, ovacionado por
simpatizantes que o aguardavam no aeroporto de Confins.
Obviamente
que o deputado estava fazendo graça para ganhar a simpatia dos mineiros. Porém,
em 2016 o Gazeta Online noticiou que documentos antigos mostravam que o estado de Minas era dono de uma
faixa de terra na Bahia, logo acima do Espírito Santo, que dava
acesso ao mar na região onde hoje é o município de Alcobaça. Tais documentos
estão sob estudo dos governos de Minas e Bahia.
Sobre outros temas, Bolsonaro seguiu com sua
fórmula: prometeu dar lugar privilegiado aos militares em seu governo, defendeu
o porte de armas, prometeu não dar "um centavo para a canalhada dos
Direitos Humanos", disse que o Brasil não pode entregar "seu subsolo
às estatais chinesas" e que "a minoria será respeitada, mas quem
manda é a maioria".
Pré-candidato, Bolsonaro percorre o país bancado
pela Câmara.
Prestação
de contas do deputado identifica passagens aéreas pagas com dinheiro público.
Publicado em 18/08/2017 às 11h37
O Globo
Essa tem sido uma preocupação de Bolsonaro para
evitar eventuais punições da Justiça por propaganda eleitoral antecipada
Pré-candidato à Presidência da
República, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) tem viajado pelo país com
passagens aéreas bancadas pela Câmara para participar de atividades políticas.
Em um primeiro momento, a assessoria de imprensa do deputado afirmou que esses
deslocamentos eram pagos por Bolsonaro do próprio bolso. Depois, confrontada
com a prestação de contas da cota parlamentar a que tem direito, a assessoria
do deputado afirmou que essas atividades têm relação com o exercício do
mandato.
Os deputados federais têm direito
a reembolso de despesas com passagens aéreas, alimentação, hospedagem e aluguel
de carros, entre outras, desde que exclusivamente vinculadas ao exercício da
atividade parlamentar. A cota de Bolsonaro é de R$ 35.759,97 por mês. O valor
depende da unidade da federação que o deputado representa, por causa da
variação do preço das passagens aéreas entre Brasília e o domicílio eleitoral.
De acordo com a prestação de
contas da cota parlamentar, o gabinete de Bolsonaro emitiu, no dia 5 de julho,
por exemplo, passagens para o deputado viajar de Brasília para Campo Grande
(MS) e retornar para o Rio, com escala em Campinas, pela Gol. Não é possível
verificar as datas dos voos. A ida custou R$ 804,64 e a volta para o Rio, R$
915,39.
Uma semana depois, no dia 12 de
julho, Bolsonaro chegou no aeroporto Campo Grande para uma agenda de dois dias.
Ele foi recebido, como de costume, por uma multidão aos gritos de
"mito", "Bolsonaro presidente da República" e "nossa
bandeira nunca será vermelha", em referência ao PT, um de seus principais
alvos.
O deputado fez um discurso logo
depois de desembarcar.
"No que depender de mim,
todo cidadão de bem terá o direito de ter uma arma de fogo em casa",
afirmou ele, em seu discurso, ressaltando logo em seguida que não estava em
campanha.
Essa tem sido uma preocupação de
Bolsonaro para evitar eventuais punições da Justiça por propaganda eleitoral
antecipada.
"Deixo claro que essa nossa
viagem não tem qualquer conotação político partidária e muito menos
eleitoral", disse ele, em vídeo para anunciar sua visita a Mato Grosso do
Sul.
A principal agenda no estado era
no dia seguinte, no município de Nioaque: a celebração dos 150 anos da retirada
da Laguna, um dos episódios mais dramáticos da Guerra do Paraguai. Bolsonaro
serviu de 1979 a 1981 no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (9º GAC), uma
unidade do Exército localizada em Nioaque.
No dia 5 de maio, o gabinete de
Bolsonaro emitiu passagens de Brasília para Florianópolis, por R$ 571,69, e de
Navegantes (SC) para o Rio, a R$ 1.179,39, pela Gol. O deputado chegou na
capital de Santa Catarina no dia 18 de maio e fez palestras nos dias seguintes
em Joinville, Jaraguá do Sul e Blumenau, além de conceder entrevistas.
Na mesma data, 5 de maio, foram
emitidas passagens para Bolsonaro de Brasília para Londrina (PR), por R$
568,69, e de Maringá (PR) para o Rio, a R$ 1.097,39. Os dois trechos foram
comprados na Gol. O deputado fez palestras em Londrina, no dia 25 de maio, e em
Maringá, no dia seguinte.
Na quinta-feira, Bolsonaro foi
alvo de uma ovada durante visita a Ribeirão Preto (SP). Em vídeo divulgado em
redes sociais, o político aparece dentro de uma lanchonete, cercado de
apoiadores, quando uma manifestante o atinge com um ovo no ombro. Bolsonaro
estava na cidade para palestra organizada pelo PEN (Partido Ecológico
Nacional). Surpreso após a hostilidade, Bolsonaro deixa o local em seguida,
enquanto a mulher foi contida.
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